Já escutei algumas pessoas que moram em Porto Alegre compararem alguma parte da capital gaúcha com a Europa. Ouvi, inclusive, da boca de pessoas famosas. Pena que isso é um caso extremo de bairrismo. Minhas sinceras desculpas a tais indíviduos, pois eu gosto muito da minha cidade, mas ela não se parece com o Velho Continente.
Entretanto, temos um pequeno potencial para tal. Olhem para o Centro de Porto Alegre. Esqueçam aquela multidão, buzihões de lojas, sujeira, bandidagem, etc. Atentem somente aos prédios históricos presentes. São maravilhosos. O bairro em si tem uma beleza ímpar, porém, atualmente se encontra sórdido e esquecido. Falta a ele charme, elegância. Não seria um trabalho muito duro em termos de construções. O pior seria mudarmos nossa ideia de Centro. Temos que priorizar atividades de cultura e lazer no bairro, transferindo grande parte da administração e do comércio para regiões adjacentes, aliviando, assim, a multidão que sufoca as ruas. Não digo aqui, de maneira alguma, para deixarmos o lugar sem ninguém. Ao contrário, o objetivo é atrair o porto alegrense para o local, mas de maneira espontânea, e não obrigatória.
Outro ponto interessante, e importante para a revitalização do nosso Centro, é dar a ele vida noturna. Fazer com que funcione 24 horas por dia, oferecendo bares e casas noturnas. Assim, a segurança seria facilitada, pois com movimento intenso no local e, claro, com grupos de policiais espalhados pelas ruas, a ação dos bandidos ficaria bem limitada. Imagine só, sair de uma peça no Theatro São Pedro, andar algumas quadras até o Mercado Público para jantar, e depois sentar e conversar num bar com bastante gente. Maravilhoso, não?
O grande teste para sabermos se realmente nossa querida capital se parece com a Europa é ter o aval dos habitantes do Velho Mundo. Não quero uma cidade para inglês ver, mas teríamos que passar por tal prova. Hoje, muitos europeus realizam mochilões (tipo de viagem em que a pessoa se priva de confortos, deslocando-se somente com uma mochila nas costas com algumas mudas de roupa e poucas provisões) pela América do Sul, incluindo o Brasil. Passam por Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis e daí pulam pro Uruguai. Não passam por Porto Alegre.
Alguns toques aqui, outros retoques ali. Com poucas ações podemos deixar nosso Centro com cara de primeiro mundo. Como Buenos Aires, famosa por ser a Europa na América do Sul. E é mesmo, pois os próprios europeus dizem isso. Vou, nas próximas semanas, quem sabe próximos meses, ir trabalhando algumas ideias para deixar o bairro com ar limpo e requintado. Já tem belas construções por lá, e algo interessante de se fazer é levar algumas estátuas que estão largadas pela cidade para enfeitar as ruas do centro. Bom, aos poucos as sugestões serão colocadas, mas como eu disse anteriormente: o mais difícil será mudar a nossa ideia de Centro.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
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