quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Não é desvalorizar a orla

A orla do Guaíba, especialmente perto da Usina do Gasômetro, está completamente esquecida. Largada, abandonada, é utilizada hoje como moradia para mendigos. Duas coisas que não são dignas de uma capital que se orgulha em dizer que fica à beira de um rio. Primeiro porque oferecer alguns confortos aos seus cidadãos, modificar um pouco a natureza (sem deixá-la de lado), não é desvalorizar a orla. Segundo, uma cidade deveria abraçar todos seus habitantes, e não abandoná-los quando esses não possuem mais nada, a não ser suas lembranças e sua história de vida.


Há diversas árvores, mato, terra, poças da água, enfim, quase que a mata nativa. Claro, sempre temos que cuidar do meio ambiente, ecologia, etcétera e tal, mas podemos também ter mais contato com a natureza (se ela não for a selva que é hoje ali), caminhar na beira do rio, entre as árvores. O que quero dizer com tudo isso? Reforma já!


Poderíamos plantar árvores mais bonitas, ou ainda podar as que estão por lá. Um cuidado especial com as moitas (se é que é possível), para deixar um ambiente mais agradável, sem perder o ar de natureza. Bancos próximos à orla, para apreciar aquele belo pôr-do-sol que temos no Guaíba, postes de luz para que quando o rio engolir o sol os espectadores não tenham que sair correndo e quem sabé até um murinho de pedra para segurar o barranco que tem ao lado da avenida beira-rio são alternativas que não acabariam com a natureza da orla.


Os postes podem ser de estilo antigo, como os que colocaram na João Alfredo recentemente. Ou ainda pendurados no dito muro que separaria o elevado da avenida da beira do rio. Outra alternativa é colocar uma estrada de pedra na orla, mantendo as árvores para dar uma sombra para quem quiser passear por perto, e fazer um jardim para embelezar. Ficaria um pouco mais longe da natureza selvagem que hoje se apresenta por ali, mas também não transformaria o lugar numa selva de pedra.

Alguns restaurantes e bares poderiam ser construídos por ali. Uns 2 ou 3, não muita coisa. De repente, construí-los um pouco mais elevados do que o nível do rio, mas um pouco abaixo do nível da avenida. Um meio termo separando a cidade da orla. E as paredes seriam todas envidraçadas, para que a vista não fosse perdida.

Essas reformas nos permitiriam apreciar mais a beira do rio. E como disse antes, não significam desvalorizar a orla.

[A primeira foto foi tirada a poucos metros da Usina do Gasômetro, e as demais na orla da Barra do Ribeiro, município próximo à cidade de Guaíba.]
Leia mais...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O natural e o desleixado

Apesar de ser um terreno altamente utilizado pelos porto alegrenses, aquele pedaço de terra ao lado da Usina do Gasômetro está com aspecto de desleixo. Uma coisa é deixar natural, outra é esquecer de cuidar. É a diferença entre o gramado de uma casa habitada, onde é feito um trabalho de jardinagem, e um terreno baldio. Há espaços de terra batida, onde poças da água demora a secar.

Parte do terreno "natural" perto da Usina. Poças d'água e um gramado mal cuidado.

Muito trabalho não há para fazer. As pessoas que frequentam o lugar, especialmente para apreciar o pôr-do-sol, gostam de estender uma toalha e sentar em cima, tomar um chimarrão, clima de piquenique. Logo, deixemos o gramado ali. Mas é um cartão postal da cidade, merece, pelo menos, pequenos cuidados para ficar com uma aparência mais elegante.

Enfeiando o local: um troço de metal e uma estradinha de chão batido que podia ser de pedra, um pouco mais civilizado.

Outra coisa que chama a atenção - para o lado ruim - é aquele pedaço de metal corroído e pichado que fica nas proximidades. Para que serve? Para que foi feito? Por que ainda não o tiraram dali? Enfim, mais um ponto mal cuidado da orla do Guaíba. Se serve como mirante (vai saber), que façam um direito. Mexer um pouquinho não significa encher o local de concreto, e sim, construir quem sabe uma calcaça onde há terra batida e colocar grama por tudo - uma podada, natural, e não desleixada.
Leia mais...

sábado, 18 de setembro de 2010

Usina do Gasômetro


Um dos símbolos de nossa cidade é a antiga usina de energia elétrica que fica à beira do Guaíba. Antigamente serviu para alimentar Porto Alegre com eletricidade, mas hoje é um centro cultural e artístico onde acontecem diversos eventos. O local onde ela foi construída, a Volta do Gasômetro - nome dado por causa de uma antiga usina de gás hidrôgenio carbonado erguida em 1874 -, acabou nominando o complexo arquitetônico, que utilizava carvão para produzir energia elétrica.

A construção foi inaugurada em 1928 sob o comando da Companhia Brasil de Energia Elétrica. A chaminé, de 117 metros, foi concluída nove anos depois, servindo para amenizar os efeitos causados pela emissão da fuligem. A Companhia Brasil geriu a eletricidade e o transporte elétrico na cidade até 1954, e a usina permaneceu em funcionamento até 1974, quando foi desativa e esquecida. Mais tarde foi reformada e virou centro cultural, e em 1991 foi aberta ao público, virando referência turística na cidade

Além disso tudo, a usina também é procurada pelos cidadãos porto alegrenses no final das tardes, especialmente nos finais de semana, pois de lá pode-se apreciar o belíssimo pôr-do-sol no Guaíba, cena marcante em quem vive na cidade. Há opções de ver o eclipse tanto no teraço da usina como na beira do rio, ou ainda em um passeio de barco.

Pôr-do-sol no Guaíba, cena marcante em Porto Alegre

A usina homengeia diversas personalidades gaúchas: Elis Regina Carvalho Costa (cantora de música popular brasileira) com uma estátua em bronze e um teatro; Julieta Battistioli (primeira vereadora de Porto Alegre) em uma sala de conferências; Paulo Fontoura Gastal (jornalista e crítico de cinema) em uma sala de cinema; Luís Nascimento Ramos, o Lunara (pioneiro da fotografia local) em um salão multiuso. Possui também salas reservadas para oficinas de teatro, dança e pintura.

Ou seja, fora os eventos e atividades culturais, quem quiser dar uma passada por lá pode presenciar parte da história de Porto Alegre ou ainda curtir o pôr-do-sol tomando um bom chimarrão!
Leia mais...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Orla do Guaíba

Um dos grandes orgulhos de Porto Alegre é também uma de suas maiores negligências: a orla do Guaíba. Os habitantes da capital dos gaúchos gritam aos quatro ventos o quão belo é o pôr-do-sol no rio, mas quase nenhum percebe o que fizemos ao poluir as águas e esquecer-mos de valorizar a sua orla. Por isso, uma das abordagens desse blog será em relação à isso, dividido em três tópicos:

Negligenciada: aqueles pontos da orla em que esquecemos do rio que banha a nossa cidade. Matos que nunca foram podados, natureza selvagem, difícil acesso às águas e locais pouco confortáveis para apreciar o tão falado pôr-do-sol;
Melhorada: algumas ideias de como poderíamos melhorar os pontos que estão ruins. Como não me canso de dizer, são as opiniões dos autores do blog, e mesmo que alguém não concorde, as postagens pelo menos servirão para dar um impulso à imaginação e, quem sabe, abrir os olhos da população;
Valorizada: os locais na orla em que foi dada alguma atenção; que são bonitos e bem cuidados; que nos fazem sentir-se bem; agradáveis.


Portanto, não é nada mais do que um levantamento de como está a orla do nosso querido Guaíba, tão mal tratado pelo lixo e poluição que despejamos nele diariamente, dos lugares bem cuidados até aqueles que parecem nunca terem recebido atenção nenhuma até hoje. E claro, para não ficar aqui só criticando, proponho algumas mudanças. Nada mais que simples ideias de o quê podemos fazer para valorizar o rio que banha nossa cidade, embelzar sua orla, para o aproveitarmos melhor. Não necessariamente o que temos que fazer, mas sim para causar uma mobilização para o que deveríamos fazer: cuidar melhor do nosso Guaíba!
Leia mais...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Centro Histórico

Porto Alegre é uma cidade que possui vários edifícios históricos conservados em seu Centro, sendo um destaque nacional por isso. Porém, devido a uma rápida expansão populacional ocorrida décadas atrás, a capital gaúcha destruíu parte de seu patrimônio para erguer prédios mais modernos e que comportassem um maior número de pessoas. Alguns não foram acabados, e outros estão se deteriorando. O resultado disso foi um Centro de contradições: prédios históricos cercados por construções velhas e mal cuidadas.


Reparem na foto acima. O Mercado Público, que com certeza é um dos prédios históricos mais bem utilizados da cidade, tem sua beleza e altivez manchadas pelos edifícios inacabados que estão caindo aos pedaços no fundo. A imagem mostra bem o contraste do Centro de Porto Alegre. Portanto, um dos intuitos deste blogue é trazer a tona um bairro esquecido, recuperando o charme dos velhos tempos, se não exatamente igual como era, então renovado e reconstruído, sempre aproveitando aquilo que há de bom e utilizando estruturas existentes que possuem pouco uso atualmente.

A seção Centro Histórico abordará isso, e está dividida da seguinte maneira:
     - Novo Centro: ideias mais amplas de como devemos renovar o bairro, os acertos e os erros cometidos, e como na nossa cabeça devemos mudar o que hoje pensamos a respeito do Centro;
     - Lugares Interessantes: o que existe de bom no bairro;
     - Locais Esquecidos: locais existentes hoje no Centro que não são aproveitados pela população;
     - Transformações: algumas ideias de como podemos usufruir os locais esquecidos;
     - Estátuas e Monumentos: com o objetivo de embelezar o bairro, estátuas que se encontram espalhadas (e esquecidas) pela cidade poderiam ser transferidas para as ruas e logradouros do Centro.

Vale lembrar que este blogue não possui conotação política: as reformas que são propostas aqui são apenas para atiçar a imaginação dos mais intrépidos cidadãos porto alegrenses, que anseiam por alguma mudança e por uma valorização da cidade que tanto amam. Na verdade vale para todos. Não há a necessidade de concordarem com tudo o que é escrito aqui, basta apenas que os textos lhes permitam visualizar a cidade que desejariam que Porto Alegre fosse. Claro, sempre preservando a identidade, o charme e a sutileza da nossa querida capital!
Leia mais...
 

Descobrindo Porto Alegre Copyright © 2009 WoodMag is Designed by Ipietoon for Free Blogger Template