O prédio foi inaugurado em 1928 e abrigava um antigo cine-teatro de Porto Alegre, hoje desativado. Foi tombado como patrimônio histórico em 2002 e dois anos depois sua fachada foi completamente reformada. Ele era moderno para sua época, e possuia apresentações de teatro assim como projeções de filmes, mas entrou em declínio juntamente com o cinema de calçada.
O projeto de restauração em si é interessante: transformar o cine-teatro em uma cinemateca, com um acervo históricos de filmes que teriam sessões nas salas de cinema do local, além de contar com biblioteca, café e espaço para exposições. Haveria uma parceria entre a FUNDACINE e a Secretaria Municipal de Cultura para administrar o prédio.
Prédio antes da reforma da fachada.
Porém, na prática, o que aconteceu foi diferente: a fachada foi restaurada, mas a cinemateca não abriu. O prédio permanece fechado e começou novamente a se degradar, a ficar sujo e pichado. Ou seja, se reabrir não terá o glamour que se esperava para ele. Claro, está notavelmente melhor do que antes da reforma. Mesmo assim, ficou como mais um dos tantos projetos culturais que não vingam em Porto Alegre.
É uma pena. Num novo Centro Histórico sua presença - funcionando, claro - seria importantíssima. Ainda mais que fica na avenida Borges de Medeiros, que hoje figura como a rua política-econômica mais importante da capital, mas poderia ter lugar também como rua cultural. E a cinemateca Capitólio daria um primeiro toque de erudição à via.