terça-feira, 30 de novembro de 2010

Cinemateca Capitólio


O prédio foi inaugurado em 1928 e abrigava um antigo cine-teatro de Porto Alegre, hoje desativado. Foi tombado como patrimônio histórico em 2002 e dois anos depois sua fachada foi completamente reformada. Ele era moderno para sua época, e possuia apresentações de teatro assim como projeções de filmes, mas entrou em declínio juntamente com o cinema de calçada.

O projeto de restauração em si é interessante: transformar o cine-teatro em uma cinemateca, com um acervo históricos de filmes que teriam sessões nas salas de cinema do local, além de contar com biblioteca, café e espaço para exposições. Haveria uma parceria entre a FUNDACINE e a Secretaria Municipal de Cultura para administrar o prédio.

Prédio antes da reforma da fachada.

Porém, na prática, o que aconteceu foi diferente: a fachada foi restaurada, mas a cinemateca não abriu. O prédio permanece fechado e começou novamente a se degradar, a ficar sujo e pichado. Ou seja, se reabrir não terá o glamour que se esperava para ele. Claro, está notavelmente melhor do que antes da reforma. Mesmo assim, ficou como mais um dos tantos projetos culturais que não vingam em Porto Alegre.

É uma pena. Num novo Centro Histórico sua presença - funcionando, claro - seria importantíssima. Ainda mais que fica na avenida Borges de Medeiros, que hoje figura como a rua política-econômica mais importante da capital, mas poderia ter lugar também como rua cultural. E a cinemateca Capitólio daria um primeiro toque de erudição à via.
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Uma nova Borges

A Avenida Borges de Medeiros, perto da avenida Ipiranga, possui belos prédios e concentra importantes centros políticos da cidade e do Estado. Porém, depois de cruzar a perimetral, passando por cima de um viaduto, muda completamente, adaptando-se ao cenário decadente do Centro de Porto Alegre.

Prédio na Borges perto da Ipiranga

Como já escrevi aqui antes, alguns prédios deveriam ter sua fachada melhorada. É complicado fazer obras com pessoas morando, mas para melhorar o visual da cidade é um preço justo a se pagar. A pobreza do Centro de Porto Alegre é assustadora. Mendigos, prédios caindo aos pedaços, ruas e calçadas manchadas e com aspecto sujo. Muita coisa precisa ser melhorada. Porém, uma coisa leva a outra. E o visual urbano e atrações atrairia novamente quem tem dinheiro para o Centro.

Como poderiam ser os prédios da Borges no Centro

Eu, particularmente, gosto da arquitetura dos prédios modernos europeus, com sacadas, para que se possa apreciar a vista da cidade. Hoje, no Centro, isso não é algo vantajoso. Mas futuramente, se muitas reformas forem feitas, possa valer a pena.

Governador Borges de Medeiros

Antônio Augusto Borges de Medeiros (1863-1961) foi presidente do Estado em dois momentos: de 1898 a 1908 e de 1913 a 1928, totalizando 25 anos no poder. Ele que dá nome a rua que é a mais importante do Centro da cidade. Já ressaltei aqui que gostaria de lotar o bairro com estátuas. Pois que se faça uma em homenagem a este governador, que enfrentou (e ganhou) a Revolução de 1923.

Estátuas das belas artes

E que se coloque também, por exemplo, algumas estátuas de belas artes por alí. Vamos fazer da Borges de Medeiros - pelo menos na altura do Centro - uma avenida importante pelo seu aspecto cultural (que deve ser criado, diga-se de passagem) e não só pelo político.
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Cores e novos ornamentos para o viaduto

Com a ideia de deixar o Centro mais bonito, o viaduto Otávio Rocha mereceria um toque de cor, mais charme, mais elegância. Ele parece um bloco grande de cimento. Um daqueles prédios que nunca foram terminados. Recentemente muitas obras históricas no Centro de Porto Alegre receberam as cores amarelo e bege-claro. Por que o viaduto não poderia seguir a mesma tendência? Assim, deixaria um pouco mais claro aquela parte do bairro que é bonita, mas onde parece que não se vê o Sol.

Museu de Artes do Rio Grande do Sul em novas cores

Dentro de alguns dos diversos arcos presentes na estrutura há lojas e bares. Em outros há portas fechadas. Nos demais há uma espessa parede sem detalhe nenhum, e nos dois centrais há duas estátuas iguais, uma de cada lado da rua. A pintura nesses arcos que não possuem nada poderia ser de vistas antigas da cidade, baseada em quadros pintados àquela época. Assim, funcionariam como janelas para o passado de Porto Alegre. Vários artistas poderiam ser chamados e cada um pinta uma parte do todo em um dos arcos.

Estátuas que quase não se vê no viaduto

Arcos sem nada: completamente pichados

Um exemplo do que poderia ser retratado é a aquarela de Herrmann Wendroth, Porto Alegre vista do lago Guaíba, de 1852. Abaixo seguem o quadro original e um esquema de como ficaria pintado nos arcos do viaduto.

Pintura original


Esquema da pintura nos arcos do viaduto

Outra coisa interessante de se fazer é na parte de cima do viaduto, onde passa a avenida Duque de Caxias. Lá há apenas uma calçada com um mirante, mas poderiam ter bancos ou quem sabe mesinhas com cadeiras - somente duas por mesa para não atrapalhar muito a circulação - para que se pudesse sentar para conversar e tomar um chimarrão.

Calçada da Duque: entrariam mesas e cadeiras (ou bancos) e sairíam os carros estacionados

O parapeito também poderia ganhar alguns detalhes: plantas, vasos, estátuas pequenas. As luminárias poderiam ser mais trabalhadas, mais elegantes. Assim daria um charme à obra que ela hoje de longe não possui. E então, além de referência para se localizar no Centro de Porto Alegre, o viaduto também seria um ponto turístico da cidade: e daria um ar de requinte para o bairro.

Parapeito com luminárias e sem muitos detalhes

Luminárias mais elegantes poderiam ter lugar na obra

Ornamentos para o viaduto: vasos e pequenas estátuas

Claro que ainda faltaria um último detalhe, para ser resolvido com o tempo: o que fazer com os lugares abandonados do viaduto. Tendo em vista que as reformas serviriam para atrair o público e o turismo ao local, talvez isso se resolvesse automaticamente. Talvez não. Mesmo assim só o fato de a obra ganhar destaque já seria de extrema utilidade para a cidade.
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Viaduto Otávio Rocha

Ele é mais conhecido como viaduto da Borges e é uma importante obra da engenharia civil de Porto Alegre. Serviu para resolver o problema da criação de uma nova avenida no centro da cidade por parte do intendente Otávio Rocha (que deu nome ao viaduto) e do então presidente do Estado Borges de Medeiros (que deu nome à via). Em 1926, a nova rua impunha um rebaixamento do terreno do Centro da cidade, deixando um vão na Avenida Duque de Caxias.

Vista da Avenida Borges de Medeiros

A criação dessa nova rua (Borges de Medeiros) foi proposta em 1914, com a intenção de cruzar o morro principal do Centro da cidade e unir as zonas da capital, e desde então já havia a ideia da construção de um viaduto para que o leito da Duque de Caxias não fosse interrompido. Como a avenida em si foi aberta doze anos depois, a obra só ficou pronta em 1932, cinco após seu projeto ter sido aprovado. Por ser toda de concreto, pensou-se em utilizá-la como abrigo aéreo caso houvesse algum bombardeio na cidade durante a segunda guerra.

Vista da Avenida Duque de Caxias

Por ser referência em Porto Alegre, foi tombado em 1988 e completamente revitalizado em 2000, juntamente com suas 36 lojas. Mesmo assim, não é nada mais do que um viaduto.
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